Massa de ar polar também aumenta o risco de geadas no Sul e favorece o trigo
Semana de 28 de julho a 03 de agosto: a A semana segue com mudanças no tempo no centro-sul do Brasil, impactando diretamente as atividades agrícolas. Uma frente fria associada a um ciclone no oceano provocou instabilidades entre segunda e terça-feira (28 e 29 de julho), especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
As chuvas ocorreram de forma pontual, com baixos acumulados na maioria das áreas, mas o suficiente para interromper temporariamente a colheita em lavouras de milho, cana-de-açúcar e café. Por outro lado, o aumento da nebulosidade e da umidade relativa do ar ajudou a reduzir o risco de queimadas, especialmente em áreas do interior do país.
Clima mais seco e frio avança a partir de quarta-feira
A partir desta quarta-feira (30), uma massa de ar frio de origem polar ganha força e derruba as temperaturas. As madrugadas de quarta e quinta devem ser as mais frias da semana, com mínimas abaixo de 10°C em partes do Sul, São Paulo, sul de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
O risco de geada é moderado a alto, especialmente no interior do Rio Grande do Sul, nas áreas serranas e no Planalto Paranaense. Esse resfriamento pode afetar o desenvolvimento de algumas culturas mais sensíveis.

Previsão do tempo para as principais lavouras
Café
Entre segunda e terça, as chuvas atingiram áreas produtoras no Paraná, São Paulo e Minas Gerais (Sul, Triângulo e Zona da Mata). As pancadas foram pontuais, mas o tempo ficou mais fechado. A partir de quarta, o tempo seca e o frio ganha força. A quinta-feira (1º de agosto) deve registrar as menores temperaturas da semana, com mínimas entre 6 e 7°C na Alta Mogiana e sul de Minas.
Não há previsão de geada nas áreas produtoras de café.
Milho (segunda safra)
A frente fria trouxe chuvas fracas e isoladas entre o Paraná, sul de MS e interior de SP, afetando as áreas que ainda estavam em colheita. A partir da metade da semana, o tempo seco e o frio predominam. As mínimas podem chegar a 6°C em áreas produtoras, mas o risco de geada é baixo.
A queda de temperatura pode desacelerar o metabolismo das plantas.
Cana-de-açúcar
As chuvas pontuais atrapalharam o corte e a moagem, principalmente em SP, MS e Triângulo Mineiro. Em contrapartida, ajudaram a reduzir o risco de incêndios.
O avanço do ar polar também derruba as temperaturas, com mínimas próximas de 7°C, mas sem geadas previstas para as regiões canavieiras.
Algodão
A maior parte das áreas produtoras segue com tempo seco, com exceção de Mato Grosso do Sul, onde as pancadas de chuva podem afetar a qualidade da pluma nas lavouras em colheita.
O frio também avança, com destaque para o sul de MS, onde as mínimas podem ficar abaixo de 10°C.
Trigo
O Sul do país recebeu chuvas no início da semana, favorecendo a umidade do solo para o desenvolvimento do trigo. Nos próximos dias, o tempo seco retorna e as geadas ganham destaque, com potencial de afetar áreas do interior do RS, SC e PR.
A geada pode retardar o desenvolvimento das lavouras, especialmente nas fases iniciais.
Região Norte e Nordeste
No Norte, chuvas seguem entre Amazonas, Acre e Roraima, enquanto o Matopiba continua com tempo seco e temperaturas elevadas, o que exige atenção ao manejo das lavouras e irrigação.
No litoral do Nordeste, a previsão indica chuvas moderadas nos próximos dias.
A previsão do tempo agrícola para esta semana indica um cenário de instabilidades no início da semana, seguido por tempo seco e frio com risco de geadas. Os produtores devem estar atentos às condições de colheita e à proteção das culturas mais sensíveis, especialmente nas madrugadas de quarta e quinta-feira.
Para saber mais, acesse a previsão do tempo diariamente no site da Climatempo.